Crítica

Código Preto, de Soderbergh, é um entretenimento inteligente e instigante

Cate Blanchett e Michael Fassbender são dois nomes que, só a partir deles, já gera curiosidade. O casal vive Kathryn St. Jean e George Woodhouse em Código Preto, o novo longa do renomado diretor Steven Soderbergh (Onze Homens e um Segredo).

Com roteiro assinado por David Koepp (Missão: Impossível), a história pode parecer nem um pouco inédita. Contudo, o thriller de 93 minutos é um excelente entretenimento. Apesar da premissa previsível, Código Preto consegue inovar. Não são as missões que estão no centro da história.

Todas as ações dos personagens centrais estão baseadas em relações pessoais. A linha tênue entre preservar o casamento e manter o trabalho secreto é o fio condutor de toda a trama. A confiança marital é muitas vezes colocada em prova, já que, durante o processo, os dois se vigiam, o tempo inteiro.

Código Secreto começa a ganhar mais emoção à medida que George ganha uma missão: descobrir quem é o traidor. Entre os nomes, está Kathryn. É, então, que os acontecimentos começam a misturar um time que conta com infidelidade conjugal, crenças religiosas e até mesmo dependência química.

Nesse momento, George se torna um maestro, dando o tom para todos os acontecimentos e colocando fogo onde ele acha necessário. A partir de então, temos diversas possibilidades para desenhar diversas linhas de raciocínio. O longa fica, a cada cena, mais interessante e intrigante. Parece um grande jogo de adivinhação. Para quem ama Detetive, o Código Preto é um prato cheio.

A junção de Soderbergh, Koepp, Fassbender e Cate é explosiva e envolvente. Código Preto consegue transpor a ideia de gênero e fazer um jogo que vai além apenas das missões. Vale a pena assistir no cinema!

Veredito da Vigilia

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *